segunda-feira, 1 de março de 2010

Entrevista de Iris mexe com o cenário goiano


Bastaram algumas palavras. Nada demais. Em uma única frase o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, criou um alvoroço dentro do PMDB e nos demais partidos que acompanham, é claro, de perto as negociações para a formação das chapas majoritárias ao governo. A entrevista concedida à Rádio Mil FM, de Goiânia, teve uma repercussão bem além do que se poderia imaginar.
“A minha dificuldade hoje, em afirmar ser o candidato, é a necessidade da renúncia na Prefeitura, acho uma incoerência da lei. O povo me elegeu pra ser Prefeito, então é uma decisão difícil de ser tomada, mas, em contrapartida, como Governador posso talvez ajudar Goiânia muito mais”.
Pronto. Com isto, a manhã foi terrível no Twitter, o ponto de encontro mais novo e já o mais tradicional da roda política mais descolada, aquela que já acessa as redes sociais. De um lado alguns peemedebistas levantam hipóteses e celebravam o que consideravam o recuo do prefeito. Até mesmo o outro lado do partido, formado por iristas, ficou também de orelha em pé.
Entre os jornalistas presentes e atuantes na discussão, cada uma ao seu jeito e de acorco com a crença em suas teses, o que não faltou foi tradutor, intérprete e tudo mais para decifrar o que queria dizer Iris.
Até mesmo o deputado federal petista Rubens Otoni se sentiu motivado a comentar a entrevista e, diante da grande repercussão, também se posicionou. “Estamos centrados na pré-candidatura de Iris Rezende, mas caso haja outra orientação, estou pronto para assumir esta missão e aglutinar forças nos partidos da base do governo Lula”. Pronto, era o que faltava para a teoria virar algo mais, se tornar um correntes de pensamento viável.
Para o prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, o caso está sacramentado e Iris Rezende deverá ser confirmado candidato. Nada de novo, apenas uma entrevista na qual o prefeito, falando aos eleitores de sua cidade, foi polido e cauteloso em suas afirmações. Faz sentido, até mesmo pelo elogios estratégicos feitos ao seu vice, em um indicativo de que a cidade estará entregue a boas mãos petistas.
Pode não ser nada, mas pode ser alguma coisa. O fato é que em tempos como este, arriscar uma tese e se fechar nela é, no mínimo, inocência demais. E a política, como se sabe, até admite novatos, mas nunca incautos inocentes.

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